Retrospectiva 2020: Os acontecimentos econômicos do ano
Retrospectiva 2020: Os acontecimentos econômicos do ano
Retrospectiva 2020: Os acontecimentos econômicos do ano
O ano foi iniciado por eventos marcantes como enchentes, queimadas, desmatamento, ciclone bomba, nuvem de gafanhoto, animais invasores e uma pandemia sem precedentes na história moderna. Em 2020 pudemos observar uma grande movimentação da união entre países e a tentativa de uma construção econômica mais estruturada, em contra partida exposta aos desafios mais imediatos provocados pela pandemia.
Com certeza, 2021 será um ano para tentar esquecer muito dos acontecimentos de 2020: COVID-19, economia em recessão, desastres ambientais, conflitos, perdas pessoas e profissionais… Os últimos meses foram marcados por períodos bem atípicos e difíceis a nível global, afetando toda a economia e política de vários países.
A pandemia foi, de longe, o assunto mais falado em 2020, mas nesta nossa retrospectiva veremos que o ano já começou de forma bastante conturbada e que seria praticamente impossível imaginar um caminho diferente do que aconteceu com o câmbio, as contas públicas e a economia de modo geral.
1º trimestre: Conflitos internacionais e a pandemia do COVID-19
Janeiro
Na primeira semana do mês, nos deparamos com a notícia de que os Estados Unidos teriam matado por meio de um drone, o general iraniano Qassem Soleimani. Rapidamente a notícia ganhou o mundo e tão rápido quanto a propagação da notícia foi a propagação do temor de uma retaliação por parte do Irã e aliados. O dólar americano, que começou o mês de janeiro cotado a R$ 4,03, ganhou valor rapidamente e fechou o mês cotado a R$ 4,28.
Fevereiro
Diversos atritos políticos domésticos e importantes mudanças no que diz respeito à geopolítica brasileira. O Brasil “deixa” o status de país em desenvolvimento e passa a ser tratado pelos Estados Unidos como país desenvolvido, o que nos faz renunciar a importantes vantagens comerciais.
Março
Em março a pandemia chega à realidade brasileira. Apesar de o primeiro caso ter sido confirmado em 26 de fevereiro, a situação na Itália e Irã, por exemplo, acendeu um sinal de alerta para as autoridades brasileiras. Diante do cenário de pandemia em março, o governo federal declara o estado de calamidade pública. Lembrando que só neste mês, o circuit breaker foi acionado 6 vezes. Mediante a proporção que a contaminação do vírus poderia tomar em nosso país, em março foi decretada a quarentena. Com o comércio e serviços parados, o crescimento do país foi insuficiente em 2020.
2º trimestre: Auxílio emergencial, troca de ministros e desvalorização do real
Abril
No início de abril o governo sancionou o auxílio emergencial, elaborada e aprovada pelo Poder Executivo no valor de R$ 600,00. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro se desentendeu com o ex-ministro da saúde, Henrique Mandetta e depois, com um dos principais nomes de seu governo, o ex-ministro Sérgio Moro, que deixou o Ministério da Justiça e acusou o presidente de ingerência nos assuntos da Polícia Federal.
Na semana em que Moro deixou o governo o dólar avançou de R$ 5,32 para 5,59. Neste momento, o real já acumulava “títulos” diários de moeda com maior desvalorização em nível global.
Maio
O governo decidiu trocar pela segunda vez o Ministro da Saúde, desta vez foi Nelson Teich que abandonou o governo após a insistência do uso de medicamentos que não tinham eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. Maio foi o mês em que as manifestações antirracismo ganharam força nos Estados unidos, após o assassinato de George Floyd no estado de Minnesota. Isso desencadeou diversos protestos antirracismos em nosso país.
Junho
No mês de junho o Brasil continuou com problemas políticos e mais ministros deixaram o governo naquele mês. A moeda americana fechou o mês de junho cotada a R$ 5,46.
3º trimestre: Cédula de R$ 200,00 e a dificuldades do ministro Paulo Guedes
Nesse período pudemos perceber uma certa “virada” na situação brasileira. Foi nele que, finalmente, pudemos observar uma diminuição lenta e bastante gradual da média móvel de mortes e de novas infecções por coronavírus.
Julho
Primeiro houve a clara intenção de acabar com a lava-jato. A frase com este teor foi inicialmente dita pelo Procurador Geral da República Augusto Aras e depois endossada pelo presidente Jair Bolsonaro. A propósito, foi no mês de julho que o presidente brasileiro contraiu a Covid-19 o que gerou intensa movimentação por parte de políticos e da imprensa, cada qual com sua sentença acerca da situação pela qual passava o chefe do poder executivo nacional.
Agosto
O mês de agosto, ainda mais intenso que o primeiro mês do terceiro trimestre, foi marcado por grande movimentação política. Uma parte importante da equipe do Ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou o governo e enfraqueceu a imagem do ministro. Naquela altura, funcionários do alto escalão e ministros que eram peças-chave, já haviam deixado seus cargos e o mercado temeu pela saída de Guedes. A desintegração da equipe e imagem de Guedes em agosto conferiu importante desvalorização da moeda brasileira.
Setembro
Foi em setembro que nós conhecemos, de fato, o impacto da pandemia sobre a economia nacional. O PIB brasileiro recuou 9,7% no segundo trimestre e estamos certos de que o tombo seria muito maior sem a presença do Estado com os mecanismos de atenuação dos efeitos da pandemia.
O lançamento da nota de R$ 200,00 em face do aumento da demanda por dinheiro acendeu a luz amarela dos desavisados. Teve até gente importante confundindo causa e consequência, avaliando (equivocadamente) que cédula maior elevaria a inflação.
4º trimestre: 2ª onda de covid-19 e Joe Biden eleito nos EUA
Outubro
O mês de outubro marca o início de uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus na Europa. Não à toa a Alemanha, França, Itália e Bélgica, por exemplo, retomaram medidas de isolamento social. A propagação do vírus exige medidas de distanciamento social que impactam diretamente no faturamento das empresas. Resumidamente, o coronavírus ajudou e intensificou o processo de desvalorização da moeda brasileira, movimento que já era visto muito antes de 2020 começar.
Foi no mês de outubro que o Brasil atingiu o número de 150 mil mortes em decorrência do novo coronavírus, mas até meados do mês a tendência era de baixa tanto de mortes quanto de novas infecções.
Novembro
O mês de novembro foi muito importante, pois o mundo conheceu o novo Presidente dos Estados Unidos da América. Joe Biden do partido Democrata, venceu as eleições com larga vantagem em número de votos e com relativa vantagem no número de delegados. A partir daí, Donald Trump inicia a batalha pela Casa Branca solicitando a recontagem dos votos em vários estados americanos alegando fraude nas eleições. Com essa repercussão, o presidente americano põe a prova a democracia dos EUA e a credibilidade política da maior potência econômica do mundo. O lançamento do PIX em novembro, aconteceu mesmo com todos esses eventos na economia. A tecnologia permite a transferência de dinheiro instantânea para pessoas físicas e jurídicas.
Dezembro
O mês de dezembro continua com o mesmo clima do encerramento de novembro, e o mercado reagiu bem a escolha de Joe Biden como presidente eleito dos EUA e aos resultados das vacinas contra o novo Coronavírus. Vários países da Europa, Ásia e América do Sul já iniciaram a vacinação em massa, enquanto Brasil ainda aguarda o aval da ANVISA para liberação do uso emergencial do medicamento no país.
Não há empresa que não tenha se adaptado em 2020. Em maior ou menor nível, todos tivemos que buscar novas maneiras de relacionamento com os diferentes públicos e de entrega dos produtos e serviços. E, sem dúvidas, a capacidade de responder rapidamente às situações caóticas permanecerá em 2021. É claro, isso não significa que todos os negócios devam adotar um comportamento de extrema cautela ou criar estratégias diferentes a cada possível risco. Porém, um aprendizado importante é monitorar mais o ambiente externo à empresa para identificar fatores que possam impactar os resultados.
De fato, entrarmos em 2021, com a esperança de que esse novo ciclo que se inicia traga novas oportunidades. Seja como for, conte com a Supply Midia para trilhar o seu caminho rumo ao sucesso.
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