Entenda o que é a taxa SELIC
Entenda o que é a taxa SELIC
Entenda o que é a taxa SELIC
O termo Selic é uma sigla que significa Sistema Especial de Liquidação de Custódia. Ela é estabelecida pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A equipe do Copom se reúne a cada 45 dias, para decidir os rumos da taxa básica de juros do próximo período.
Os juros são usados pelo Banco Central como uma ferramenta para tentar controlar a inflação, pois a alta ou queda dos juros influencia o consumo das famílias e a tomada de crédito no país. De modo geral, quando a inflação está alta, o Banco Central sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o Banco Central derruba os juros para estimular o consumo.
Quando o país começa a crescer em um ritmo acima da capacidade normal, leva as companhias a subirem os preços, pois a demanda por produtos e serviços está acima da capacidade de produção. Então, é importante o Banco Central subir um pouco a taxa de juros pra diminuir um pouco a demanda por bens e serviços e ajustar a economia, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.
Inflação
A inflação é a perda de valor do dinheiro resultante de um aumento generalizado nos preços da economia. Ou seja, se hoje você tem R$20 e consegue comprar uma entrada no cinema, com uma inflação de 10% ao mês, você precisará de R$22 para ir ao cinema mês que vem. Na prática seus R$20 valem menos do que valiam no mês anterior. Existem duas causas principais que mais afetam a inflação:
Atividade econômica superaquecida: É quando a economia está crescendo à um nível acima do suportado pela sua estrutura, resultando em redução do desemprego abaixo do nível considerado normal, aumento generalizado dos salários, do custo dos insumos produtivos e consequentemente aumento no nível de preços.
Expectativas: O resultado da inflação passada é utilizado como forma de reajuste dos preços atuais. É o que chamado de indexação, e pode levar a aceleração da inflação e hiperinflação, como ocorreu no Brasil de 1964 e 1994 (ano do plano Real) de ter que pagar mais de 24.000 por um papel higiênico, encontrar as estantes dos supermercados vazias e ter que gastar todo o salário assim que recebia.
Meta inflação
A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O regime de metas de inflação, o câmbio flutuante e a meta fiscal compõem o chamado “tripé macroeconômico”, anunciado em 1999 como a nova estrutura da política econômica brasileira. A ideia é que uma inflação previsível, estável e baixa pode ajudar a economia a crescer mais, reduzindo as incertezas. A meta de inflação para 2019 era de 4,25%, com um intervalo de tolerância que vai de 2,75% a 5,75%. Para 2020, a meta é de 4%.
A taxa Selic influencia diretamente no comportamento da inflação e vice-versa. Hoje, vivemos um momento no qual ambos estão baixos. Utilizado como indexador da rentabilidade dos investimentos de renda fixa aos investidores, o IPCA geralmente é pago em conjunto com uma taxa. “Por exemplo, de 3,0% + IPCA”. Assim, você acaba tendo um ganho real sobre a inflação e ela subir ou cair, o seu dinheiro estará protegido.
Efeitos no consumidor
O efeito sobre o dia-a-dia das pessoas sobre a mudanças na Selic, pode ser direto ou indireto dependendo do perfil financeiro de cada um. Um corte na Selic por exemplo, irá necessariamente reduzir a rentabilidade destes investimentos.
Já o efeito sobre quem tomou um empréstimo é indireto e geralmente mais lento. Uma redução da Selic em geral, leva a uma queda nas taxas de captação dos bancos e demais instituições financeiras, que assim teriam condições de cobrar menos pelos seus empréstimos.
É essencial que a sociedade conheça a taxa Selic e entenda quais são os seus efeitos na economia e nos investimentos. É importante entender que para conter preços e não onerar demais a população, o Banco Central opta por desacelerar a economia e o crescimento, e além da desaceleração econômica, outra consequência negativa do aumento da Selic é a subida da dívida pública, pois grande parte dela está atrelada a juros. É uma via de mão dupla, mas todos são prejudicados. Mesmo que a inflação seja controlada e o bolso do consumidor seja aliviado por um tempo, o desaquecimento da produção de mercadorias e serviços não age em favor da geração de empregos, de renda, de impostos e nem da expansão de negócios.
De qualquer maneira é sempre bom ficar atento a todas as mudanças no cenário econômico e como elas impactam no seu dia-a-dia.
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